Mania da cortesia...

Existe muito boa gente que sendo familiares, amigos, ou simplesmente conhecidos tem a cortesia de cumprimentar, perguntar como está, de sorrir ou apenas acenar porque está com pressa, mas esses simples gestos dão para perceber que se lembram, que por pouco que seja, lhe dizemos alguma coisa.

Quando passo na rua, tenho esse mesmo hábito de cumprimentar, falar com familiares, amigos, pessoas conhecidas, ou aquelas em que sei que já a vi não sei bem onde, tenho a cortesia de acenar, de sorrir. São pequenos gestos que fazem uma grande diferença.

Sei que quando me fazem isso, quer dizer que não fui esquecida na cabeça dessas pessoas. Pelo menos é como eu penso, quando vejo alguém conhecido e cumprimento, para mim é uma pessoa que não ficou esquecida.

Às vezes no supermercado, na farmácia até, farto-me de encontrar gente conhecida, familiares, amigos de longa data, e não se vira as costas ou faz-se de conta, cumprimenta-se e fala-se como se já fosse habitual. Nestas situações nota-se bem a diferença. Já me aconteceu uma vez, estava na fila à espera e de repente encontro-me com uma amiga de longa data que já não a via há muito tempo, e pusemos na conversa como nos velhos tempos, numa cusquice saudável, a saber de velhos amigos de curso, enquanto esperávamos na fila.

Mas depois também acontecem situações tristes, caricatas, não sei bem o que lhes hei-de chamar, porque sendo familiares ou “amigos”, que mesmo estando com pressa ou a ter um dia mau, que não se vendo diariamente, ao cruzarem-se nem que seja um sorriso, um aceno, uma apitadela, o que for, são apenas escassos segundos a fazer qualquer movimento, mas fazem questão de fazer de conta que não viram ninguém, não ligam nenhuma, até parece que a riqueza lhes subiu ao cérebro, a não ser que precisem de algum favor. Aí, já se lembram!

Ora quando me fazem isso a primeira vez, já sabem que na próxima irão levar troco. 

Para mim estas situações são práticas, se só se lembram quando precisam de alguma coisa, nessas alturas também escusam de se lembrar, porque se fazia, apenas para ficar bonita na fotografia, ESQUEÇAM, deixei de querer ficar bonita na fotografia.